domingo, 18 de março de 2018

Narcisismos e as relações entre os sexos


“Substituindo uma era marcada pela busca imperiosa do que se convencionou chamar de “sentindo da vida”, estes últimos séculos que temos vivido permitem um posicionamento mais leve frente a ela: surge um sujeito mais indiferente, com uma modalidade afetiva menos densa, sem paixões intensas, quase apático, o que conduz a uma existência que não comporta tragédias. Vive exatamente o oposto à tragédia; respira um ar leve, carente de dramaticidade. Quando essa leveza existencial adquire uma intensidade maior, pode  tornar-se patológica, levando ao vazio do existir. Diferentemente do clima do século XIX, quando se convivia com tramas amorosas dramáticas, em que se chegava a morrer, tragicamente por amor” (Narcisismos e Vínculos p.39)