sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Da não angustia

Já percebi que escrevo mais nos piores momentos, nos bons apenas aproveito!
Estou satisfeita, minha alma sempre angustiada e revolts está mesmo aprendendo sobre gratidão "boas palavras, bons  pensamentos e bons gestos" 
É libertador desapegar de coisas, ideias e lugares... Aprendi que não preciso criar raízes sempre e se mudar poder ser renovador.
Posso apenas apreciar a beleza das arvores que ainda vou plantar, as paginas para escrever e a sorte  de não estar sozinha na vida.
É isso sacode a poeira de si e vai! 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Processo analítico

Poucos sabem mas sempre fui daquelas pessoas que acreditam que grandes mudanças acontecem.
E as introspectivas sempre me interessaram mais.
A natureza nos mostra isso constantemente.
Nós humanos, construímos coisas incríveis desde de teste de QI a naves espaciais, tudo começa dentro com a ideia, também fora quando tomamos a sagrada coragem de dizer.
Fazer analise é isso... Mexe e remexe nas coisas estranhas e desarrumadas de dentro quando as liberta, já não fazem mais parte de você. Alquimia perfeita. 
Não é nada preparado como todos gostam de pensar. é esta ali na solidão de falar para um quadro de Van Gog  e pagando uma pequena fortuna que as coisas se arrumam
Você fala as coisas que precisa, sem ser ditas por atos teatrais.

Lá até os sonhos mais fragmentados se encaixam.
Há a dor e a beleza de se escutar de verdade.
No inconsciente não importa se foi há 10 anos atras, as dores não tem lugares e nem tempos. Os amores e ódios, presente e passado e para ser mais precisa toda ambivalência que nos marca. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Amar e mudar as coisas


Eu não estou interessada
Em nenhuma teoria
Nem nessas coisas do oriente
Romances astrais
A minha alucinação
É suportar o dia-a-dia
E meu delírio
É a experiência com coisas 
Com coisas reais

Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas
Pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite
Revólver, cheira cachorro
Os humilhados do parque
Com seus jornais

Carneiros, mesa, trabalho
Meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas
Dessas capitais
A violência da noite
O movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre
Que canta e requebra
É demais!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Amizade

Começa de maneira circunstancial ou geográfica, o cara que senta ao seu lado numa sala de aula ou sua melhor amiga que nasceu no mesmo bairro. você confia e divide planos, mas apenas se mantem se os amigos compartilham dos mesmo valores, se o vinculo que os une é um forte sentimento de pertencer a humanidade.
Gosto de pessoas por motivos diferentes, mas me encanto mesmo por gente corajosa.
Gente que coloca o que pensa sobre a mesa e sustenta sua posição.
Covardia moral sempre me enojou.
Nesses últimos tempos isso tem ficado cada vez mais claro, e até mesmo quem já amei.
Não compactuo com quem nega existências.
Não há tempo pra gente medrosa.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Amar e mudar as coisas me interessa mais!

Eu tenho medo! Meu amor é anarquista, não respeita autoritarismo!
Eu tenho medo! Meu amor é socialista, recebe a todos e usa barba!
Eu tenho medo! Meu amor não é fascista, ele gosta da vida!
Eu tenho medo! Porque hoje é primeiro dia dos que virão... 
Eu tenho medo porque sonhei que tinha medo de não lutar na Araguaia 
E acordei para ter mais medo... porque existem os que não sabem ou não querem saber
(esses não são meus amigos)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Escritas

Dizem que todo escritor tem a vida um pouco b... bem na verdade parcial de onde vejo, não sei se dizem mesmo isso ou inventei.
Mas bem sei, os dias mais perturbados rendem as melhores inspirações. Vida é assim o grande mestre já ensinou "esquenta e depois esfria, mas o que quer da gente é coragem". 
Esse fim de semana fui numa exposição sobre o Caio Fernando de Abreu  e vi o quanto é mais bonito vida transformada em arte. 
Me lembrei agora, de  uma fofoca do surrealismo, Dali procurou Freud para ser analisado e Freud vendo que não se tratava de um neurótico, recusou, daí morreu o doente mental e nasceu o pintor.
Tudo o que somos são narrativas... nenhuma delas verdadeira e nenhuma falsa, apenas parciais. Decida as historias que você deseja contar a si mesmo. E principalmente selecione as que permite ouvir dos outros.


Direita ou Esquerda

Esta noite tive um sonho, "sonho de sonhador, maluco que sou..." sonhei bem estranho como de costume...
Desses que acordamos bem no impasse, só para você ter que ficar freudianamente analisando o que isso tem a ver com sua vida.
La vai... aceito interpretações psicanalíticas mas apenas se forem selvagens, porque daí é fácil descartar.
Lá aonde Morfeu habita, sonhei que estava num grupo de apoio para viciados, eu era paciente, viciada em sabe lá o quê? tinha uma outra moça muito magra, usuária, saímos dali com um outro rapaz iamos comer algo juntos e conversar. 
Nosso destino era meio perigoso, um cara que mais lembrava uma parede me barra e me diz para não ir por ali porque as pessoas que encontraríamos eram muito ruins, nos fariam mal. Minha recém "amiga" disse que para ela pouco importava e foi rumo ao perigo pelo lado direito. 
Do meu lado esquerdo, tinha vários lugares agradáveis para lanchar e acordo bem nesse ponto de decidir: quero o agradável ou o ruim? 

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Entendendo Caetano

"Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo, assim, minhas palavras
(...)
Quero que pinte um amor Bethânia
Stevie Wonder, Andaluz
Como o que tive em Tel Aviv
Perto do mar, longe da cruz

(...)
Mas eu também sei ser careta
De perto, ninguém é normal
Às vezes, segue em linha reta
A vida, que é 'meu bem, meu mal"


As vezes é preciso se distanciar pra ver que além de perto ninguém é normal, se viveu uma historia muito louca embarcada na asa do vento. 
Mas muita gente continua desconhecendo o lará e o mar continua sendo o melhor espelho.


domingo, 18 de março de 2018

Narcisismos e as relações entre os sexos


“Substituindo uma era marcada pela busca imperiosa do que se convencionou chamar de “sentindo da vida”, estes últimos séculos que temos vivido permitem um posicionamento mais leve frente a ela: surge um sujeito mais indiferente, com uma modalidade afetiva menos densa, sem paixões intensas, quase apático, o que conduz a uma existência que não comporta tragédias. Vive exatamente o oposto à tragédia; respira um ar leve, carente de dramaticidade. Quando essa leveza existencial adquire uma intensidade maior, pode  tornar-se patológica, levando ao vazio do existir. Diferentemente do clima do século XIX, quando se convivia com tramas amorosas dramáticas, em que se chegava a morrer, tragicamente por amor” (Narcisismos e Vínculos p.39)